A juíza Doroteia Azevedo, coordenadora do Centro de Conciliação (Cejusc) defende que o impulsionamento na conciliação se torna ainda mais importante por conta da reforma trabalhista. A reforma tenta implementar que o acordado é superior ao legislado e, por conta disso, as conciliações poderão ser protagonistas na Justiça do Trabalho. “A justiça trabalhista sempre foi vocacionada para a conciliação. Nós temos sempre duas tentativas de conciliação obrigatórias no trabalho. Então não é uma ideia nova. O que estamos fazendo é implementar a conciliação de forma mais organizada”, afirmou a juíza. O diferencial do Cejusc é o uso de técnicas de mediação pelos servidores, que foram capacitados, além de uma maior atenção para o pleito das partes. “Na conciliação, vai se ouvir as partes para tentar entender o que aconteceu. Ter um novo olhar sobre o caso e tentar chegar a um acordo. A sentença trata o processo, mas não trata o conflito. No Cejusc, trataremos o conflito”, explicou. No início do projeto, participarão cinco varas no projeto-piloto. A participação será expandida até alcançar as 39 varas de Trabalho. Na Bahia, os casos com mais acordos são os de rescisão, hora extra e assédio. A taxa atual de conciliação, de 31%, no entanto, ainda é considerada baixa.